23 de dezembro de 2012


O Natal contado


            A crise económico-financeira veio para ficar e o Natal parece não conseguir escapar-lhe. A maioria dos consumidores ouvidos pela consultora Deloitte no "Xmas Survey 2012" admitiu estar pessimista quanto à situação económica dos respetivos países que, inevitavelmente, se irá refletir sobre os gastos desta época natalícia. Nesta quadra, sinónimo de elevados consumos, já se começaram a evidenciar os primeiros cortes, no entanto, apesar de uma quebra substancial, o consumo continua elevado. 
            Mais do que nunca, os consumidores europeus procuram os melhores preços para realizar as suas compras de Natal. O preço tornou-se um fator decisivo para 92% dos europeus (contra 70% em 2011). Dos consumidores, 84% revelaram que planeiam comprar produtos em saldo/promoção.
            Assiste-se a uma redução generalizada no consumo em países como a Grécia, Portugal, Espanha, Irlanda e França e, em contraste, um aumento generalizado dos gastos na Alemanha, Polónia ou Rússia, entre outros.
            O entretenimento e férias são os mais penalizados em Portugal. Um inquérito do Instituto de Turismo mostra que cada vez mais famílias da classe média ficam em casa devido à crise. Apenas 4% dos portugueses vão de férias no Natal e no Ano Novo.
            Já lá vai o tempo em que nesta altura se viam famílias carregadas de sacos de compras, agora são cada vez mais os que limitam a admirar as montras sem entrar nas lojas. São os pequenos e médios comerciantes que mais sofrem, admitindo ser este o pior Natal de sempre. Em plena austeridade, os portugueses estão a poupar mais nos presentes de Natal, preferem oferecer menos prendas e mais baratas. Até na decoração de Natal houve poupança.
            Sem subsídio de férias, os portugueses ficaram com a carteira mais vazia. As causas para a contenção passam pela falta de emprego, o risco de perder o trabalho, o aumento da carga fiscal, os cortes nos subsídios e as reformas baixas.

Nelson Ferreira

20 de dezembro de 2012


A diversidade de tradições e o Natal na ESFRL





                




              O Natal, ou Dia de Natal, é uma comemoração e festividade da religião cristã que se comemora anualmente no dia 25 de dezembro, data que marca o nascimento de Jesus Cristo, que em séculos anteriores representava o principal motivo de comemorações neste dia. No entanto, esta data, bem como as tradições a ela associadas, variam de país para país. Por exemplo: na Holanda comemora-se no dia 6 de dezembro (dia de São Nicolau); no México, realizam-se procissões todas as noites, desde o dia 16 de dezembro; na Alemanha, é costume montar-se a Coroa do Advento quatro domingos antes do dia 15; os poloneses comemoram-no quando surge a primeira estrela no horizonte da noite do dia 25 de dezembro; na Austrália, atendendo à estação do ano desta época - o Verão, tem-se por hábito comemorar o Natal nas suas belas praias, bem como em alguns países africanos; tanto na China como no Japão, apenas as famílias cristãs celebram esta data de maneira tradicional, sendo que os nativos destes países não lhe atribuem grande importância e celebram-na de forma diferente; em Israel realizam-se peregrinações a Belém e à Igreja da Natividade (igreja onde estes acreditam ser o local exato do nascimento do menino Jesus, e onde é celebrada a missa na noite de Natal).
                                                                                                                             







             



           No caso do nosso país, à semelhança de muitos outros países, como são exemplo o Brasil, a Inglaterra ou até mesmo a França, o Natal é habitualmente comemorado entre família e amigos, acompanhado pela ceia requintada e tradicional, o costume popular da troca de prendas e cartões que é normalmente feita quando se dão as “dozes badaladas” no relógio, e as idas à igreja para a “Missa do Galo”. A figura alegórica é o Pai Natal, que alegra muitas crianças, uma vez que supostamente é ele que lhes oferece os presentes. O Natal ganha vida principalmente devido à decoração que a ele está associada: árvores enfeitadas; estrelas; presépios; etc. Esta decoração é também facilmente visível nas cidades portuguesas aquando desta época.
         A nossa escola não fugiu à tradição e, à semelhança de anos anteriores, neste ano letivo podemos observar a decoração natalícia presente no átrio, no bar, no refeitório e na biblioteca. O átrio está maioritariamente decorado com candeeiros feitos a partir de troncos realizados pelos alunos do 11º DIE, no âmbito da disciplina de MTEC (Materiais e tecnologia), no entanto também apresenta outros elementos decorativos. No bar, juntamente com o refeitório estão presentes postais elaborados pelos alunos de Alemão do 10º ano, sendo que alguns foram reaproveitados do ano letivo passado, e decorações da responsabilidade das professoras Alcinda Goulart e Ana Ganhão. A biblioteca, como habitualmente, “vestiu-se” para esta quadra e decorou o seu espaço com pequenas árvores feitas de materiais recicláveis, bolas de papel, uma árvore de Natal feita com livros e um presépio também ele com livros e materiais recicláveis.
Janice Raposo

Portugal, o pobre país que é pobre.

         Com séculos de história, o jovem Condado de Portucalense, hoje o adulto Portugal, depara-se com mais uma das suas crises cíclicas. Antes da pobreza económica e política há que esmiuçar a tão indesejada podridão social e cultural deste país com anos de maturidade.
         Antes de mais, há que aplaudir o cidadão natural deste país, que de dois em dois anos, é português demonstrando todo o seu espírito patriótico em momento cordeais do desenvolvimento do país, isto é, competições internacionais em que a Seleção Nacional de futebol participa. Na realidade quem precisa de um Leonardo da Vinci, ou de um Nelson Mandela, quando se tem um Cristiano Ronaldo? Verdade seja dita, Portugal tem uma sociedade modelo, basta uma simples viagem de metro ou autocarro para compreender tal facto. Além da constante alergia ao que é nacional, existe um clico de fomentação a uma cultura “chavascal”, desde a linguagem utilizada à influência da televisão, havendo sempre uma profunda ligação ao primitivismo. Darwin podia ter no cidadão que habita em Portugal um grande exemplar para o seu darwinismo social.
         Politicamente, este país vive num regime democrático baseado no princípio de igualdade, que é totalmente percetível através da rotatividade dos partidos políticos nos governos das últimas décadas. Sendo assim, há que elogiar as opções de alternativa e a escolha dos cidadãos de Portugal.
         Quase tão cómica como a situação política do país, a economia nacional é algo difícil de descrever, talvez pela sua estrutura destruturada. Sem indústria e com um sector primário há vários anos em coma, Portugal mantem a sua “produtividade” baseada nos serviços… e no crédito… e nos fundos comunitários.
         Apesar de esmiuçado, é fácil entender o porquê da dupla pobreza deste enorme país que tem poucas pérolas para muitos porcos. Talvez choque a muitas pessoas a utilização da palavra “porcos” para descrever parte da população que habita em Portugal, porém, da mesma forma que as crises nacionais são cíclicas, o uso deste tipo de palavras para qualificar parte da sociedade é constante em autores como Gil Vicente ou Eça de Queiroz, que também o fizeram antes.
         Pode ser uma generalização, pode ser uma sátira, porém os factos estão aos olhos de qualquer um, “só não vê quem não quer ver”.

Tiago Azevedo Basílio

18 de dezembro de 2012



Em nome dos membros do “Na Boca do Lobo”, desejo a toda a comunidade da Escola Secundária de Francisco Rodrigues Lobo, especialmente aos leitores e futuros leitores, um feliz Natal e um próspero Ano Novo.

Que esta quadra seja vivida pelo seu tão importante significado e que este novo ano se preencha com a realização das aspirações de cada um.
O Diretor,
Nelson Ferreira

16 de dezembro de 2012


Banco Alimentar, a ESFRL alimenta esta ideia

Mais uma vez, a nossa escola aderiu e apoiou a causa do Banco Alimentar Contra a Fome. Nos passados dias 13 e 14 de dezembro, procedeu-se à recolha de alimentos e papel para ajudar esta causa.
Esta iniciativa teve como objetivo reunir géneros alimentares para as pessoas mais carenciadas, através da entrega direta de alimentos não perecíveis e papel, no âmbito da campanha “Papel por Alimentos”, onde cada tonelada de papel representa 100 euros para a compra de alimentos.
A partir de uma ideia de John Van Hengel, que em 1967 fundou o primeiro Food Bank, em Phoenix, no Arizona, deu-se início a um movimento que existe hoje em todos os continentes. Em Portugal foi criado o primeiro Banco Alimentar Contra a Fome em 1990, por iniciativa de José Vaz Pinto, com o princípio de “ir buscar onde sobra para entregar onde falta”.
Com a colaboração de escolas, como a nossa, e de demais instituições, o Banco Alimentar conseguiu, em 2011, mais de 100 toneladas de alimentos do que no ano anterior.
Num ano, subiram para 250 mil o número de pessoas apoiadas pelos bancos contra a fome. A cada semana que passa, o número de famílias necessitadas aumenta, sendo que em 5 anos teve um aumento de 57%. A solidariedade representa, nos dias de hoje, um papel cada vez mais importante.

Podes participar nesta iniciativa de diversas formas, que poderás encontrar no site http://bancoalimentar.pt/

Melissa Silva e Rita Ferreira

11 de dezembro de 2012


Uma idade de mudança.
18 anos, para muitos uma idade mítica, certamente a idade de alguns dos alunos desta escola, sendo também – neste caso, infelizmente o número de anos dos atuais estatutos da Associação de Estudantes. Neste período existiram muitas mudanças no ensino público, no qual se insere a AE da ESFRL. Desde reformas na lei do ensino obrigatório, à aposta nos cursos profissionais e na sua maior integração nos estabelecimentos de educação pública, ficando a Associação sem qualquer tipo de adaptação à realidade presenciada.
Muitos se questionarão, “o que são esses tais estatutos e qual a sua funcionalidade?”. Para tal pergunta, pode responder-se de forma bastante esmiuçada, visto ser o documento que rege a estrutura associativa de representação dos estudantes na escola. A desatualização óbvia do documento em causa é algo que pode ser observado em diversos aspetos, desde a campanha eleitoral, à limitação de autonomia e independência da AE. Na realidade existe toda uma coletânea de “anomalias” que se antecedem de ano para ano pelo simples facto de não existir uma estrutura, suficientemente organizada, de trabalho e regência para a Associação de Estudantes.
Foi assim prioritário para a lista A, enquanto candidata à AE da ESFRL, garantir que os estatutos além de renovados, seriam suficientemente completos para garantir uma organização interna e melhoria na ligação e comunicação entre a Associação e todos os estudantes. Esta garantia, representada pelo Presidente da lista e, posteriormente, da Associação de Estudantes, foi concretizada, elaborando-se assim os novos estatutos a propor à comunidade estudantil! Estes podem ser facilmente comparados com os atuais estatutos em vigor, como é o caso da sua forma externa: o atual documento de regência da AE tem um total de três páginas, seis capítulos e vinte e seis artigos; já os novos estatutos contam com dez capítulos e sessenta artigos, num total de mais de vinte páginas.
         Desta forma, com os novos estatutos, pretende-se criar, não uma estrutura para a presente AE, mas sim para as diversas gerações vindouras, sendo este um projeto a longo prazo. Existem diversas novidades criadas nestes novos estatutos, como é o caso da elaboração de Comissões para organizar os trabalhos internos da Associação e a criação do estatuto de Colaborador que garante uma relação entre o órgão representante dos alunos e os estudantes que nele querem desempenhar funções. Porém, não só de novidades se fazem estes novos estatutos, houve também um reforço para completar as disposições já representadas no documento que estrutura a Associação e Estudantes.

           O Presidente da Associação de Estudantes da ESFR
Tiago Azevedo Basílio