Arquivo

Nota dos Diretores:

Por falhas alheias à atual equipa responsável pelo Na Boca do Lobo, o trabalho publicado ao longo do primeiro ano de existência deste jornal foi apagado. É do nosso entender que manter no anonimato o esforço do grupo fundador, e acima disso, o empenho da primeira directora e verdadeira impulsionadora deste jornal, Sara Costa, seria uma injustiça e falta de consideração colossais, pelo que se procedeu à criação deste arquivo. Ainda que bastante incompleto, uma vez que, até à presente data, nem todo o trabalho pôde ser recuperado, serve todavia como marco e homenagem aos ideais que este jornal representava, aquando da sua criação. Por um jornal escolar desafiante, por alunos com mentes despertas. 



1ª Edição do Na Boca do Lobo

Ciência


SIDA


Dia 1 de Dezembro celebrou-se, mais uma vez, o dia Mundial da luta contra a Sida.

Apesar de toda a informação a que conseguimos aceder hoje em dia, mais de 50% dos jovens portugueses continuam a não utilizar preservativo nas suas relações sexuais. Estará a SIDA a cair no esquecimento? A verdade é que a SIDA continua a matar. Apesar de a Ciência ter evoluído bastante ao longo das décadas continua sem existir uma cura concreta contra esta doença.

“Um norte-americano que estava infectado com o vírus da SIDA acabou curado depois de ter sido submetido a um transplante de medula óssea de um dador que apresentava uma resistência genética à doença.”, declarou a TSF, radio notícias.

Este homem, residente em Berlim, desenvolveu leucemia, já sendo seropositivo. 
Para combater esta doença, o indivíduo teria de passar por uma série de tratamentos, envolvendo a radioterapia, a quimioterapia e inclusivé ser sujeito a um transplante de medula óssea.
Neste contexto, Gero Wutter (hematologista da Universidade Médica de Berlim) testou uma teoria já conhecida mas nunca testada ate à data. Deste modo, escolheu um dador que continha no seu ADN uma mutação genética que lhe garantia a imunidade ao virus da SIDA.
O transplante de medula teve sucesso e, passados dois anos, o paciente norte-americano, abandonando a medicação para o virus da Sida, é considerado um caso curado.
Este episódio foi um passo importante nas investigações de uma possível cura para esta tao problemática doença.  
Sê inteligente, protege-te.
Por, Sofia Galvão




Crónicas


O futuro da nossa geração


Por Artur Correia dos Reis




“Vocês são a geração que vai ser politizada à força. Vão ter que sair às ruas, pegar fogo aos carros e confrontar a polícia.”  



Um professor de filosofia disse-me isto. Um daqueles professores que sabem e pensam muitas coisas. Ora, quando um professor destes me diz algo assim, não é caso para fazer ouvidos de mercador (como é por vezes costume nas restantes aulas).
Imagens épicas de conflitos políticos pelas ruas, surgiram de imediato na minha mente divagante. Mas será que estava realmente a compreender a situação que se estendia para além dos ditos conflitos? Eis que me propus a pensar no assunto. E constatei que, de facto “a coisa 'tá preta”, como diz o bom português. Não é só bater nuns polícias e explodir umas bombas ali e acolá. Trata-se sim de uma luta pelos nossos direitos, para que não façam de nós palhaços, para que não nos tornemos as marionetas dos auto-proclamados bons samaritanos, os nossos amigalhaços políticos. Uma luta que será travada por nós, visto que quando lá chegarmos estarão  os nossos progenitores já a entrar na idade do encosto.
    É então este o nosso futuro? Travar nas ruas, e à custa de suor e sangue, as lutas que são hoje travadas nos parlamentos, nas manifestações pacíficas e nas greves gerais dos camionistas, dos enfermeiros e do resto dos Maneis e Marias espalhados por esse país fora? Talvez. Não é mentira nenhuma que lá perto andaremos!
    Não quero com isto dizer (e o professor, decerto, também não), que o nosso futuro será como arruaceiros, marginais. Quero sim levantar a questão: “que papel poderão os confrontos vir a ter como meio para alcançar um futuro justo?”. Não será essa uma situação possivel, para a qual nos devemos mentalizar? Quiçá. Mas é também uma situação a evitar. Portanto, caros colegas, está na altura de abrir os olhos e fazer um esforço por espreitar o futuro que nos espera, tomar uma dose cavalar de consciência política, e pensar nas medidas que a nossa geração terá, eventualmente, que tomar para salvaguardar o seu futuro, da forma mais pacifica possivel. 



A influência nos videojogos nas crianças

Diz-se hoje em dia, que para além de as nossas crianças passarem demasiado tempo “agarrados” às consolas, passam a maior parte desse tempo ocupados com jogos de cariz violento. Jogos que, fruto do avanço tecnológico, aproximam-se cada vez mais da realidade. E é esta virtualidade real que é apontada como uma das causas para os comportamentos violentos que as crianças têm.
 É especialmente na época festiva que se aproxima que estes “semeadores” de violência chegam às mãos das crianças. Mas por culpa de quem? Sem dúvida que as crianças não serão as culpadas. Estas, que no seu processo de crescimento são extremamente fáceis de ser influenciadas, não estão imunes nem à publicidade em redor daquilo que mais querem receber, nem à frequente exposição a conteúdos violentos, que, segundo estudos, pode levar à manifestação da agressão. A meu ver, não são também as empresas de videojogos as culpadas neste “crime” de influências. Como em tudo, é preciso fazer o bom senso imperar e ter moderação. Por parte dos criadores destes videojogos foi tomada uma posição, em que foi atribuída uma classificação etária a todos os jogos que estão no mercado. Mas mesmo assim, estes chegam às mãos das crianças sem quaisquer problemas. 
Então, a culpa desse facto são os intermediários entre os jogos e as crianças: os pais. São os pais que, à partida, têm controlo sobre os seus filhos, devendo ser quem controla o tipo de jogos e o tempo que os seus progenitores gastam com eles. É portanto, dever dos pais ensinarem os filhos a jogar de forma controlada. 
Pode ser que, com a crise económica que assombra os nossos dias, os pais se vejam na impossibilidade de oferecer aos filhos tais presentes, podendo até ser esta uma excelente maneira de educar os filhos!

Francisco Rolo, 12ºM



Cultura

A cultura é e sempre foi um elemento de distinção entre os países, e tristemente Portugal sempre manteve níveis embaraçosos. O teatro, a musica, a pintura, a literatura, a dança e o cinema perdem cada vez mais o papel basilar de entretenimento na nossa sociedade. Sendo assim, através de sugestões e opiniões, pretendemos mostra-vos e dar-vos a conhecer o que de melhor se faz no mundo.


Sugestões de Espetáculos 

DANÇA

Lago dos Cisnes
Qualquer bailado clássico, por si só, é um espectáculo onde a virtuosidade e a beleza imperam. O Lago dos Cisnes, em especial, é considerado um dos mais espectaculares bailados, quer pela aptidão técnica e artística exigida aos bailarinos, quer pelos maravilhosos cenários, figurinos, que, aliados à música do brilhante compositor russo Tchaikovsky, ajudam a contar uma história única. Apresentado pela Russian Classical Ballet, é sem dúvida um espectáculo a não perder, não só para os amantes da dança mas para todos aqueles que gostam de apreciar uma obra-prima de qualidade, como é o caso. Dia 15 de Dezembro pelas 21:30 no Teatro José Lúcio da Silva terás a oportunidade de desfrutar de um momento único e que talvez tão cedo não voltará à nossa cidade!




O Quebra-Nozes
A Annarella- Academia de Ballet e Dança, apresenta no Teatro José Lúcio da Silva a sua própria versão de um bailado clássico que se enquadra na época natalícia da qual nos aproximamos. O Quebra-Nozes, um clássico do ballet, estará em cena dia 8 de Dezembro pelas 17:00.

África
O Estúdio “Nelly’s Dance” pretende, através do cruzamento da cultura africana com a cultura do hip-hop, mostrar a dança como uma forma de expressão. Com a junção de estilos e influências diferentes, tem como objectivo apresentar um espectáculo que agrade a todas as idades. Dia 11 de Dezembro pelas 17:00, os mais de 100 bailarinos do Estúdio “Nelly’s Dance” estarão no Teatro José Lúcio da Silva para protagonizarem um espectáculo que promete ser energético, quente e colorido.





MÚSICA

Sérgio Godinho
O aclamado autor, compositor e cantor Sérgio Godinho estará dia 9 de Dezembro no Teatro José Lúcio da Silva para apresentar o seu mais recente álbum, “Mútuo consentimento, composto por 11 canções que de certeza não fogem ao que Sérgio Godinho têm habituado a oferecer. O “escritor de canções”, com a sua voz inconfundível que marcou gerações, celebra 40 anos desde o lançamento do seu primeiro álbum, e vem até à nossa cidade mostrar aquilo que melhor sabe fazer.




Peixe: Avião
A Associação Cultural Metamorfose- Hábitos em Mutação tem vindo a desenvolver um ciclo de concertos com conversa de nome “As paredes têm ouvidos?”, uma inovadora forma de concerto que pretende criar dinâmicas entre os público e os artistas, uma vez que após o concerto, há lugar para uma conversa entre os artistas e os espectadores. No próximo dia 8 de Dezembro, às 21:30 no Teatro Miguel Franco, é a vez da banda bracarense Peixe: Avião, que vem apresentar o seu último trabalho, “Madrugada”. Após o seu álbum de estreia, este novo trabalho tem tido um notável sucesso, tornando esta banda num projecto interessante no panorama da música alternativa nacional.




TEATRO

Tudo baila em seu redor
Esta é a primeira apresentação da Associação Leirena da Cultura- Leirena Teatro, que nos trás um espetáculo baseado na cultura da Região Centro. Com “Tudo baila em seu redor” a Leirena Teatro propõe que, dia 15 de Dezembro pelas 21:30, se faça uma viagem à imaginação com poemas da autoria de José Ribeiro e histórias reais da memória de um povo.






Filme

Sete Vidas

 “Em sete dias, Deus criou o Mundo. Em sete segundos, eu destruí o meu…”

Nada melhor que um bom filme para recuperar de uma semana intensa de testes. Comprem lotes industriais de lenços de papel, é o meu conselho. Sete vidas (Seven Pounds), 2008, é um emocionante filme americano realizado por Gabriele Muccino que não deixa ninguém indiferente. Dotado de uma banda sonora excelente, Sete Vidas retrata a história de um misterioso homem, Ben Thomas (Will Smith), que vive atormentado com um seu segredo trágico. No entanto, é este segredo que o leva a mudar radicalmente a vida de sete estranhos. Os seus planos alteram-se quando se apaixona por Emily Posa (Rosario Dawson), que sofre de um grave problema no coração. Sete Vidas é um filme profundo, que nos contagia e sensibiliza. É de notar a excelente atuação de Will Smith, que não podia representar melhor a angústia, a tristeza e também a compaixão de um homem. Um filme polémico que se revela surpreendente no final.








Livro

“As Pequenas Memórias” de José Saramago

Há uma crença muito popular entre os jovens da nossa geração. Ela dita que, José Saramago é muito chato, muito complicado, muito difícil de ler... Aqui Na Boca do Lobo não partilhamos da mesma opinião, muito pelo contrário, queremos extinguir esta ideia das vossas cabeças. 
   É por isso mesmo que a nossa sugestão desta edição é “As Pequenas Memórias” de José Saramago, um importante autor português, que vale a pena conhecer. 
Artur Correia dos Reis, 10ºM








Música

Mumford & Sons

O que todos queremos? Parar, deixar as preocupações para trás e descansar um pouco. Dizer adeus à rotina e arriscar, sentir novas emoções. A nossa sugestão é que ouçam Mumford & Sons, aumentem o volume e deixem que o som folk se apodere do vosso espírito livre.
Mumford and Sons é uma banda de folk rock britânica formada em Dezembro de 2007 e constituída por Marcus Mumford, Winston País, Bem Lovett e Ted Dwane. 
Estrearam-se com o álbum “Sigh No More”, lançado em Fevereiro de 2010. Este foi nomeado para dois Grammys - melhor artista revelação e melhor música de rock (Little Lion Man). Ganhou ainda “The ARIA Music Award”, na categoria de artista internacional mais popular de 2010 e o “Brit Award”, em 2011, pelo melhor álbum britânico. 
Atualmente, Mumford & Sons está em estúdio a gravar o seu segundo álbum.
Atualmente, os Mumford & Sons estão em estúdio a gravar o seu segundo álbum. 

Maria Maia, 12º C









Entrevista Presidente AE - Inês Casanova Pinto 

Até à data, todas as Associações de Estudantes, salvo raras exceções, têm sido alvo de duras críticas por parte da comunidade da ESFRL: ou porque não cumprem o que está programado ou porque nem as atividades são planeadas.
Este ano, temos esperança que esta situação mude, por isso, estivemos à conversa com Inês Casanova Pinto (12ºC), Presidente da Associação de Estudantes da Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo.
Na Boca do Lobo (NBL): Porque quiseste concorrer para a Associação de Estudantes? 


Inês Pinto (IP): A minha decisão ao concorrer para a Associação de Estudantes foi com o principal objectivo de mudar o que está mal e melhorar o que já foi feito. Como Presidente da lista, formei uma equipa unida, capaz de enfrentar todos os obstáculos e de realizar um bom trabalho.

NBL: Como pensas que deve ser/agir uma Associação de estudantes? 

IP: Uma Associação de Estudantes deve criar uma união entre todos os alunos e deve também estar mais próxima e acessível destes. A meu ver, é um dos órgãos mais importantes da escola.

NBL: As Associações de Estudantes dos anos anteriores raramente cumpriram os objetivos que anunciavam em campanha. Este ano vai ser diferente? Como é que a Associação vai contrariar esta tendência? 

IP: Este ano claramente vai ser diferente. O esforço que temos tido jamais será em vão. O nosso grande objetivo é trabalhar, aliás, como dizíamos em campanha eleitoral, essa é a melhor parte de tudo. Se concorremos para este órgão, foi por esse motivo e é nele que nos estamos a focar.

NBL: Quais as perspetivas para este ano? 

IP: Temos grandes perspetivas associadas a grandes objetivos. Pretendemos deixar a nossa marca na escola, pretendemos, acima de tudo, que o nosso trabalho seja reconhecido. Esperamos assim que toda a comunidade, não só alunos, colaborem connosco.

NBL: Como tem sido a relação entre os membros da Associação? 

IP: A relação entre os membros da Associação, desde cedo, foi das coisas que mais apreciei e que me deu ainda mais vontade de continuar em frente. Maioritariamente todos têm estado interessados e com vontade de colaborar.

NBL: Pensas que a AE pode ter um papel importante na integração dos novos alunos? 

IP: Tenho a plena noção disso. Penso que a AE deve desempenhar um bom papel nesse sentido. Somos o único órgão capaz de alcançar essa meta. Para isso, será importante a adesão dos alunos às nossas atividades. Tenho a certeza que conseguiremos ouvir todas as sugestões e pôr bastantes em prática. 

NBL: Achas que pertencer à AE pode ser um ponto de partida para uma vida na política? 

IP: Considero que pode ser um dos primeiros passos a dar, no entanto, não garanto que no meu caso seja, mas é uma hipótese a refletir. Pertencer à AE é uma experiência que poderá abrir os meus horizontes nesse sentido, e fazer-me ponderar essa possibilidade de uma maneira diferente da que pensaria anteriormente.

NBL: Muitos alunos ainda desprezam o direito ao voto. Qual pensas ser a razão da elevada taxa de abstenção entre os alunos da ESFRL?

IP: Nos últimos dois anos a abstenção na ESFRL tem vindo a diminuir, no entanto ainda existe uma elevada taxa. Associo isto a um elevado nível de desinteresse por parte dos alunos em participar nas decisões. Como disse em campanha eleitoral, nas idas às salas para a apresentação da minha lista candidata, votar é um direito, porque não usufruir dele? Ao votar estamos a participar activamente numa decisão importante, não esquecendo que esta participação deve ser consciente.

NBL: Quais foram as maiores dificuldades que sentiram até ao momento? 
IP: Penso que não houve grandes dificuldades até ao momento. Em tempo de campanha eleitoral a maior dificuldade terá sido alguma falta de apoios monetários. Enquanto AE, por vezes, a única dificuldade poderá mesmo ser a falta de tempo para conseguirmos pôr em prática tudo o que ambicionamos.

NBL: Torna-se difícil conciliar a AE com as tarefas escolares? 

IP: Confesso que no início me prejudiquei imenso nas tarefas escolares, mas também tenho a noção que não poderia ter sido de outra maneira, pois a campanha eleitoral era algo momentâneo, que não podia de todo falhar. Agora, enquanto AE, considero que seja tudo uma questão de gestão de tempo.

NBL: Consideras que o conselho executivo da tua escola coopera com a AE? 

IP: Sem qualquer dúvida! O conselho executivo tem colaborado imenso connosco, não tenho qualquer razão de queixa até ao momento. Considero que esse tenha sido ter sido o maior problema nos últimos anos das Associações de Estudantes, a relação entre estes órgãos. 

Sara Costa










O Teatro está vivo na ESFRL


Como é do conhecimento de muitos (ou não), na ESFRL existe um clube exclusivamente dedicado à 5ª arte, o Teatro. É liderado pela professora Helena Espírito-Santo, responsável da biblioteca, que incansavelmente, se dedica à coordenação de dois grupos de teatro na ESFRL. 

 
O clube de teatro funciona às terças-feiras das 12:35 à 01:20, e também das 14:10 às 14:55. Este ano está, portanto, muito mais abrangente. Esforçando-se para que o máximo de alunos possa participar. A professora Helena, disponibilizou-se para formar dois grupos, cada um com uma peça diferente para apresentar. Isto significa o dobro do trabalho.
Mas afinal o que se faz no clube de teatro? Não, não é só chegar, começar a ler textos e interpretar personagens. O início serve para ambientar novos alunos, alguns sem experiência (mas não menos talentosos), outros ainda enferrujados das férias. Começa-se então com exercícios de aquecimento, dicção, linguagem corporal e facial. Todos os aspetos básicos, que um bom ator deve saber se quer fazer uma peça de qualidade.
   Mais à frente, começam a trabalhar a peça, neste caso são duas. “Sonho de Uma Noite de Verão” de William Shakespeare, e “Felizmente Há Luar” de Luís de Stau Monteiro. Se fores aluno do 12º ano, esta segunda interessa-te.
  Resta-nos a nós, alunos da ESFRL, esperar que estas duas peças fiquem, finalmente, prontas e esperar também o melhor resultado dos nossos colegas, pioneiros na nossa escola, desta arte que é o teatro.


Artur Correia dos Reis, 10ºM






Intercâmbio de culturas

No passado dia 16 de Novembro, a nossa escola recebeu uma turma de vinte alunos austríacos, com idade entre os 15 e os 16 anos, e duas professoras. Este evento pode ter passado ao lado de muitos de vocês, no entanto certamente que foi bastante marcante para todos os que nele participaram.
Este intercâmbio, realizado pelo Clube Europeu, tem como tema “Povos e Culturas”. Subordinadas ao tema, foram realizadas atividades como workshops, visitas a museus e locais históricos bem como um Peddy Paper.
 Aquilo que fomos percebendo, à medida que nos fomos conhecendo, foi que, na verdade, não somos assim tão diferentes uns dos outros, somos alunos de uma escola secundária, temos idades semelhantes, temos grandes ambições e gostamos de nos divertir. Foi, acima de tudo, este último fator que nos proporcionou grandes momentos de convivência. 
Para os mais curiosos, os alunos austríacos ficaram impressionadíssimos com a nossa escola pois é “muito grande” e nova, ao contrário da sua escola em Viena. Para além disso, também acharam que a cidade, apesar de pequena, “tem uma parte antiga muito bonita” e tem um ambiente “muito diferente de Viena”.
A nossa ida a Viena será em Março e, de facto, já criámos imensas expectativas que serão, certamente, superadas. 


Leiria, 28 de Novembro de 2011
Alexandra Nogueira




2º EDIÇÃO DO NA BOCA DO LOBO



Método d'Hont

Tendo em conta as eleições que se realizaram no dia 17 de Janeiro para a eleição de deputados para o Parlamento dos Jovens e a pedido de várias listas concorrentes, informamos acerca da metodologia a utilizar.
O método de D’Hont foi inventado pelo jurista belga, Victor D’Hont. É usado em Portugal e em muitos outros países , como lei eleitoral da Assembleia da República, Assembleias Legislativas Regionais, Autarquias Locais e Parlamento Europeu.
Este método consiste na divisão do total de votos expressos em cada força política, por 1, 2, 3, 4, e assim sucessivamente; os mandatos vão sendo então atribuídos aos diversos concorrentes, com base nos quocientes mais elevados.
A titulo ilustrativo, veja-se, por exemplo: 
                 


                     PS           PPD/PSD       PCP-PEV      CDS-PP
    
    Votos        154.794 (1º)   97.465 (2º)   80.759 (3º) 27.216 (11º)
 Divisão por 2    77.397 (4º)   48.733 (6º)   40.380 (7º) 13.608 (25º)
 Divisão por 3    51.598 (5º)   32.488 (9º)   26.920 (12º)   9.072
 Divisão por 4    38.699 (8º)   24.366 (14º)  20.190 (16º)   6.804
 Divisão por 5    30.959 (10º)  19.493 (17º)  16.152 (21º)   5.443
 Divisão por 6    25.799 (13º)  16.244 (20º)  13.460 (26º)   4.536
 Divisão por 7    22.113 (15º)  13.924 (24º)  11.537         3.888
 Divisão por 8    19.349 (18º)  12.183 (28º)  10.095         3.402


Neste caso , a eleição era feita para 17 deputados , logo o PS conseguiu eleger 7, o PPD/PSD  elegeu 5,  o PCP/PEV elegeu 4 e o CDS-PP elegeu 1 deputado.


Agenda Cultural


MÚSICA

Orquestra de Jazz de Leiria com Vânia Fernandes

No  âmbito do 46º aniversário do Teatro José Lúcio da Silva, a Orquestra de Jazz de Leiria, que surgiu em Fevereiro de 2011 e é dirigida pelo professor na escola de Jazz do Hot Club de Portugal, César Cardoso, convida Vânia Fernandes, conhecida cantora que representou Portugal no Festival Eurovisão da Canção, para um concerto onde irão ser tocados grandes clássicos como “Fly me to the moon”. Para além disso, são prometidos alguns convidados especiais que se juntarão a Vânia Fernandes. O concerto está marcado para o dia 15 de Janeiro, domingo, às 21H30.

LIVRO

Hotel Memória de João Tordo

Tudo começa com um jovem que decide sair de casa dos pais e fazer uma pós graduação em Nova Iorque. É lá, em Nova Iorque, que se apaixona por Kim, uma rapariga do seu curso. Os dois envolvem-se e criam uma relação muito forte. Até que a rapariga morre. Destroçado, instala-se no Memory Hotel, um hotel com poucas condições, onde passa grande parte do seu tempo a beber e a viver como um vagabundo. A história relaciona um jovem estudante, o seu amigo mexicano, um colecionador russo, um vigarista húngaro, um fadista português e Kim. Todos eles completamente diferentes, mas com algo em comum. 
Uma história que nos cativa constantemente a entrar no universo misterioso de cada personagem. Um romance viciante, emocionante do início ao fim. Um livro para ficar na memória.


Sara Costa, 12ºC






A TUA PARTE

Poemas da Sandra Pereira do 12º M


Nossa Terra

Uma terra pequenina 
Mas que tem muito valor,
E desde menina 
Adoro o seu odor!

Odor a trabalho e dedicação,
Flores coloridas e sementeiras… 
Que de geração em geração
Vai evoluindo de todas as maneiras  

Os campos verdinhos, 
As fontes encantadas,
O vento com seu assobio,
Deixando umas brisas espalhadas…

As Rosas desmaiam,
As Tulipas riem-se,
Os Cravos ralham,
E as Orquídeas ferem-se,
Porque o Vento as deixa KO
Deixa-lhes vida, e não só…

Isto faz-me viver 
Sem alguma vez 
Poder dizer
“Era uma vez…”
Porque é …era
E continuará a ser 
Até depois de eu morrer.



Por tudo de mais sagrado neste mundo!

Um dia perguntar-me-ás,
O porque de eu ter falecido,
Mas esclareço-te já,
Que foi pela dor de não te ter tido!

Se foi culpa... não percebi,
Se foi amor não defini,
Se foi amizade, porra !
Porque gostava mesmo de ti!

Tuas palavras eram consciência,
Teus toques eram calma,
Teu andar era presença,
Que me abalava a alma!

Cada sorriso teu era um abismo,
Cada lágrima uma facada,
E sem nada de cinismos,
Pergunto como é estar apaixonada?


Porque se amar era sofrer...
Preferi morrer,
E morrer é reencarnar...
Preferi arriscar!
Por tudo aquilo que construi e amei,
Por tudo aquilo que a ti prometi e farei!






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