20 de dezembro de 2012


Portugal, o pobre país que é pobre.

         Com séculos de história, o jovem Condado de Portucalense, hoje o adulto Portugal, depara-se com mais uma das suas crises cíclicas. Antes da pobreza económica e política há que esmiuçar a tão indesejada podridão social e cultural deste país com anos de maturidade.
         Antes de mais, há que aplaudir o cidadão natural deste país, que de dois em dois anos, é português demonstrando todo o seu espírito patriótico em momento cordeais do desenvolvimento do país, isto é, competições internacionais em que a Seleção Nacional de futebol participa. Na realidade quem precisa de um Leonardo da Vinci, ou de um Nelson Mandela, quando se tem um Cristiano Ronaldo? Verdade seja dita, Portugal tem uma sociedade modelo, basta uma simples viagem de metro ou autocarro para compreender tal facto. Além da constante alergia ao que é nacional, existe um clico de fomentação a uma cultura “chavascal”, desde a linguagem utilizada à influência da televisão, havendo sempre uma profunda ligação ao primitivismo. Darwin podia ter no cidadão que habita em Portugal um grande exemplar para o seu darwinismo social.
         Politicamente, este país vive num regime democrático baseado no princípio de igualdade, que é totalmente percetível através da rotatividade dos partidos políticos nos governos das últimas décadas. Sendo assim, há que elogiar as opções de alternativa e a escolha dos cidadãos de Portugal.
         Quase tão cómica como a situação política do país, a economia nacional é algo difícil de descrever, talvez pela sua estrutura destruturada. Sem indústria e com um sector primário há vários anos em coma, Portugal mantem a sua “produtividade” baseada nos serviços… e no crédito… e nos fundos comunitários.
         Apesar de esmiuçado, é fácil entender o porquê da dupla pobreza deste enorme país que tem poucas pérolas para muitos porcos. Talvez choque a muitas pessoas a utilização da palavra “porcos” para descrever parte da população que habita em Portugal, porém, da mesma forma que as crises nacionais são cíclicas, o uso deste tipo de palavras para qualificar parte da sociedade é constante em autores como Gil Vicente ou Eça de Queiroz, que também o fizeram antes.
         Pode ser uma generalização, pode ser uma sátira, porém os factos estão aos olhos de qualquer um, “só não vê quem não quer ver”.

Tiago Azevedo Basílio

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