27 de janeiro de 2013



Política, doce política

            Liberdade, felicidade, despreocupações e divertimento são alguns dos exemplos mais importantes de ideais que os jovens pretendem alcançar e, logo à primeira vista, a política não aparenta transparecer nenhum deles. “Há gente preocupada com o desinteresse dos jovens pela política e pela coisa pública” diz Manuel Alegre, de facto é o melhor a fazer visto que tal indiferença perante o tema referido é bastante notória por parte das gerações mais novas. A questão é: porquê?
            Em primeiro lugar há que notar que se está a mencionar a maioria dos jovens não o todo. Em segundo, tal como já referi anteriormente, a política não manifesta qualquer aspiração pretendida por um jovem. A sociedade também não ajuda minimamente quando dá a sua positiva opinião sobre a política portuguesa: “Isto é uma vergonha! Esta política portuguesa não vale nada!”. Quem nunca ouviu isto? Provavelmente todas as pessoas já ouviram isto. Então se assim é, como pode esperar a sociedade que os jovens revelem algum tipo de interesse pela mesma, se acabou por os voltar contra ela? O ser humano não nasce com valores, adquire-os com a educação e é nessa educação que é automaticamente transmitido o que se entende por política e os valores que a sociedade lhe dá e que, surpreendentemente, são negativos (também é verdade que, dadas as circunstâncias em que o país se encontra em termos políticos, não haverá muito onde se possa procurar motivação).
            Atualmente e para atrair mais jovens para o mundo político, diversos deputados tentam distorcer a ideia de que a política é algo mau e aborrecido, elogiando os jovens e referindo-se aos mesmos como uma “esperança para o país” (e, de facto, são, daí o desespero de os colocar no Parlamento) com discursos sentimentalistas e comoventes, transmitindo a liberdade que o jovem pode obter, quando revelado o interesse político.
            É necessária uma intervenção por parte dos mais novos no mundo social e para isso a criação de iniciativas como o Parlamento dos Jovens, um incentivo bastante favorável pois permite que cada um tome iniciativa própria para participar à sua maneira, dando o melhor de si.
            Para concluir, posso afirmar que presumivelmente os jovens estarão sempre ligados aos seus ideais e que o necessário não será forçar a sua entrada para a vida política com umas dezenas de discursos, mas sim encarar esta como algo correto, que se consegue melhorar dia após dia com o mínimo contributo que cada um de nós pode conceder para a sua evolução.

Inês Pereira

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