Liberdade,
felicidade, despreocupações e divertimento são alguns dos exemplos mais
importantes de ideais que os jovens pretendem alcançar e, logo à primeira vista,
a política não aparenta transparecer nenhum deles. “Há gente preocupada com o
desinteresse dos jovens pela política e pela coisa pública” diz Manuel Alegre,
de facto é o melhor a fazer visto que tal indiferença perante o tema referido é
bastante notória por parte das gerações mais novas. A questão é: porquê?
Em
primeiro lugar há que notar que se está a mencionar a maioria dos jovens não o
todo. Em segundo, tal como já referi anteriormente, a política não manifesta
qualquer aspiração pretendida por um jovem. A sociedade também não ajuda
minimamente quando dá a sua positiva
opinião sobre a política portuguesa: “Isto é uma vergonha! Esta política
portuguesa não vale nada!”. Quem nunca ouviu isto? Provavelmente todas as
pessoas já ouviram isto. Então se assim é, como pode esperar a sociedade que os
jovens revelem algum tipo de interesse pela mesma, se acabou por os voltar
contra ela? O ser humano não nasce com valores, adquire-os com a educação e é
nessa educação que é automaticamente transmitido o que se entende por política
e os valores que a sociedade lhe dá e que, surpreendentemente, são negativos
(também é verdade que, dadas as circunstâncias em que o país se encontra em
termos políticos, não haverá muito onde se possa procurar motivação).
Atualmente
e para atrair mais jovens para o mundo político, diversos deputados tentam
distorcer a ideia de que a política é algo mau e aborrecido, elogiando os
jovens e referindo-se aos mesmos como uma “esperança para o país” (e, de facto,
são, daí o desespero de os colocar no Parlamento) com discursos
sentimentalistas e comoventes, transmitindo a liberdade que o jovem pode obter,
quando revelado o interesse político.
É
necessária uma intervenção por parte dos mais novos no mundo social e para isso
a criação de iniciativas como o Parlamento dos Jovens, um incentivo bastante
favorável pois permite que cada um tome iniciativa própria para participar à
sua maneira, dando o melhor de si.
Para
concluir, posso afirmar que presumivelmente os jovens estarão sempre ligados
aos seus ideais e que o necessário não será forçar a sua entrada para a vida
política com umas dezenas de discursos, mas sim encarar esta como algo correto,
que se consegue melhorar dia após dia com o mínimo contributo que cada um de
nós pode conceder para a sua evolução.
Inês Pereira
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