4 de maio de 2015

Task Force: uma conversa sem limites, uma conversa sem cuecas



Na Boca do Lobo (NBL) Com tantas opções de atividades, porquê a música?

Mateus Carvalho (MC) Alguns de nós conhecemo-nos na SAMP, ou seja, ligados à música, e o resto acabou por se compor.

NBL Task Force significa "força com uma missão especial", porquê este nome?

Luis Ávila (LA) Na verdade não teve a ver com o significado em si, nós fizemos uma lista e, dentro das opções, este foi o que nos pareceu mais razoável...

MC Sim, tendo em conta que duas das opções era "Qual é a capital da Bolívia?" e "Nuclear WC", que era o nosso antigo nome, diria que até nem escolhemos mal *risos*

NBL Dirigindo-nos especificamente ao Jorge, perguntamos: Como te sentes, sendo a personagem principal do single da banda "O Jorge tem um bigode"?

*risos*
Jorge Reis (JR) Gosto do facto do meu bigode ser o single da banda!

MC Diz-nos, qual a importância do teu bigode na nossa vida?

JR *risos* Vocês é que sabem, a mim dá-me muito trabalho!

MC O bigode do Jorge é a nossa mascote e sobretudo simboliza o afeto que nós temos por ele, por isso ele tem uma música só dele e do seu bigode. *risos*

NBL Já existem há algum tempo e mais recentemente tem tido mais visibilidade, até com a criação de originais. Tem algum projeto definido a curto prazo?

MC Nós sempre criámos originais, mas tocamos com o intuito de nos divertirmos, e à medida que fomos crescendo as pessoas foram gostando do que fizemos e as coisas naturalmente tornaram-se mais sérias. Começámos então a criar mais originais e o que sentimos há algum tempo é que se calhar as coisas estagnaram, o que não é totalmente mau! Mas fomos sempre tocando as mesmas coisas e fazendo as mesmas coisas porque a pressão de ter um concerto daqui a uma semana ou duas nos faz estar só a tocar e a treinar para aquele concerto e não nos deixa evoluir, fazer outras coisas. Isto levou-nos precisamente a decidir que vamos parar durante uns meses, pelo menos até ao verão.

André Brites (AB) Claro, os compromissos que já tínhamos marcado, vamos mantê-los e a ideia não é fazer uma paragem para depois nos separarmos. Queremos continuar juntos! É simplesmente uma paragem em relação aos concertos, em relação ao que sai para fora. Pretendemos regressar em força no verão, quem sabe com um CD e um concerto para o apresentar. Precisamos de algum tempo para evoluir ou desenvolver o nosso som, para aquele espírito de criação, até com um pianista, com o qual vamos reativar a colaboração, e um novo guitarrista, Leandro Faustino, o que vai dar outra dimensão à nossa música.

NBL Como tem sido conciliar isto tudo com os estudos?

MC Penso que fácil, acho que nunca foi muito difícil porque sempre compreendemos quando é que há testes ou não.

AB Também porque estamos todos no mesmo ano, no 12º.

LA Por norma, nunca paramos portanto.

MC Não, nós nunca tivemos problemas com os estudos porque sabemos gerir o nosso tempo.

ESFRL 04/05/2015
"Festa dos Talentos"


NBL Estão então no 12º ano e a maioria de vós pensa ir para a universidade, acham que essa nova etapa vos pode, de alguma forma, afetar?

LA Não, não acho porque estamos quase todos a planear ir para Lisboa, à exceção do Jorge, mas ele já tem carta de condução, pelo que conseguirá reunir-se connosco para ensaiar.

MC Também porque parte dos planos da nossa universidade foram na base do "como é que nos vamos manter juntos".

NBL Passamos agora à pergunta mais séria desta entrevista, aquela porque todos esperavam, qual é a cor das vossas cuecas?

*risos*
MC Mas vocês querem mesmo saber? Não são cuecas, são boxers.

LA Aqui ninguém usa cuecas!

MC Mas são pretos, são boxers pretos.

NBL Pedimos agora a vossa opinião, acham que a cultura e as novas iniciativas em Portugal são de alguma forma apoiadas? Sentiram-se apoiados?

MC Não, a única que nos apoiou, e por isso merece uma grande menção, foi a associação cultural "Friendly Talents", que suportou o nosso concerto do Miguel Franco mas de resto, nunca tivemos apoio.

LA Apenas o José Peixoto do "Abre Latas", que acabou por nos dar o nosso primeiro grande concerto e foi só.

MC Já comentámos entre nós inclusive, que para projetos, seja na música ou na cultura em geral, as pessoas não estão muito abertas a novas coisas. Por exemplo, pessoas que querem tocar com alguma regularidade, tem que, não digo rebaixar, mas submeter a certas exigências que acabam por não valorizar aquilo em que estão a trabalhar. E ainda mais pelo facto de sermos todos adolescentes, as pessoas acabam por olhar para nós com alguma condescendência,

AB Até nos ouvirem a tocar! *risos*

Teatro Miguel Franco 21/11/2014 
Task Force & The First Movement Orchestra


NBL Que importância dão ao jornalismo e à comunicação social em geral no papel de apoiar e transmitir esses projetos e iniciativas?

LA Já aparecemos duas vezes no Jornal de Leiria, nomeadamente a quando de dois concertos, e demos muita importância a isso como é evidente, mas achamos que o destaque dado não é o suficiente para este tipo de eventos. Embora Leiria seja uma das cidades que mais promove a cultura.

MC Eu não diria que não é suficiente. Sendo sincero, uma das minhas escolhas para o prosseguimento de estudos foi precisamente jornalismo. Acho uma área bastante interessante mas que, sobretudo ultimamente, não tem sido bem representada, cada vez mais é feito com pouca seriedade e histórias deprimentes.

Sem comentários:

Enviar um comentário