Task Force: uma conversa sem limites, uma conversa sem cuecas
Na Boca do Lobo (NBL) Com tantas opções de atividades, porquê a música?
Mateus
Carvalho (MC) Alguns de nós conhecemo-nos na SAMP, ou seja,
ligados à música, e o resto acabou por se compor.
NBL Task Force significa "força com uma missão especial",
porquê este nome?
Luis
Ávila (LA) Na verdade não teve a ver com o significado em si, nós fizemos uma
lista e, dentro das opções, este foi o que nos pareceu mais razoável...
MC Sim,
tendo em conta que duas das opções era "Qual é a capital da Bolívia?"
e "Nuclear WC", que era o nosso antigo nome, diria que até nem
escolhemos mal *risos*
NBL Dirigindo-nos especificamente ao Jorge, perguntamos: Como te sentes,
sendo a personagem principal do single da banda "O Jorge tem um
bigode"?
*risos*
Jorge Reis
(JR) Gosto do facto do meu bigode ser o single da banda!
MC
Diz-nos, qual a importância do teu bigode na nossa vida?
JR *risos*
Vocês é que sabem, a mim dá-me muito trabalho!
MC O
bigode do Jorge é a nossa mascote e sobretudo simboliza o afeto que nós temos
por ele, por isso ele tem uma música só dele e do seu bigode. *risos*
NBL Já existem há algum tempo e mais recentemente tem tido mais
visibilidade, até com a criação de originais. Tem algum projeto definido a curto
prazo?
MC Nós
sempre criámos originais, mas tocamos com o intuito de nos divertirmos, e à
medida que fomos crescendo as pessoas foram gostando do que fizemos e as coisas
naturalmente tornaram-se mais sérias. Começámos então a criar mais originais e
o que sentimos há algum tempo é que se calhar as coisas estagnaram, o que não é
totalmente mau! Mas fomos sempre tocando as mesmas coisas e fazendo as mesmas
coisas porque a pressão de ter um concerto daqui a uma semana ou duas nos faz
estar só a tocar e a treinar para aquele concerto e não nos deixa evoluir,
fazer outras coisas. Isto levou-nos precisamente a decidir que vamos parar
durante uns meses, pelo menos até ao verão.
André Brites
(AB) Claro, os compromissos que já tínhamos marcado, vamos mantê-los e a
ideia não é fazer uma paragem para depois nos separarmos. Queremos continuar
juntos! É simplesmente uma paragem em relação aos concertos, em relação ao que
sai para fora. Pretendemos regressar em força no verão, quem sabe com um CD e
um concerto para o apresentar. Precisamos de algum tempo para evoluir ou
desenvolver o nosso som, para aquele espírito de criação, até com um pianista,
com o qual vamos reativar a colaboração, e um novo guitarrista, Leandro
Faustino, o que vai dar outra dimensão à nossa música.
NBL Como tem sido conciliar isto tudo com os estudos?
MC Penso
que fácil, acho que nunca foi muito difícil porque sempre compreendemos quando
é que há testes ou não.
AB Também
porque estamos todos no mesmo ano, no 12º.
LA Por
norma, nunca paramos portanto.
MC Não,
nós nunca tivemos problemas com os estudos porque sabemos gerir o nosso tempo.
ESFRL 04/05/2015
"Festa dos Talentos"
NBL Estão então no 12º ano e a maioria de vós pensa ir para a
universidade, acham que essa nova etapa vos pode, de alguma forma, afetar?
LA Não,
não acho porque estamos quase todos a planear ir para Lisboa, à exceção do Jorge,
mas ele já tem carta de condução, pelo que conseguirá reunir-se connosco para
ensaiar.
MC Também
porque parte dos planos da nossa universidade foram na base do "como é que
nos vamos manter juntos".
NBL Passamos agora à pergunta mais séria desta entrevista, aquela
porque todos esperavam, qual é a cor das vossas cuecas?
*risos*
MC Mas
vocês querem mesmo saber? Não são cuecas, são boxers.
LA Aqui
ninguém usa cuecas!
MC Mas são
pretos, são boxers pretos.
NBL Pedimos agora a vossa opinião, acham que a cultura e as novas
iniciativas em Portugal são de alguma forma apoiadas? Sentiram-se apoiados?
MC Não, a
única que nos apoiou, e por isso merece uma grande menção, foi a associação cultural "Friendly Talents", que suportou o nosso concerto do Miguel Franco mas de resto, nunca tivemos apoio.
LA Apenas
o José Peixoto do "Abre Latas", que acabou por nos dar o nosso
primeiro grande concerto e foi só.
MC Já
comentámos entre nós inclusive, que para projetos, seja na música ou na cultura
em geral, as pessoas não estão muito abertas a novas coisas. Por exemplo,
pessoas que querem tocar com alguma regularidade, tem que, não digo rebaixar,
mas submeter a certas exigências que acabam por não valorizar aquilo em que
estão a trabalhar. E ainda mais pelo facto de sermos todos adolescentes, as
pessoas acabam por olhar para nós com alguma condescendência,
AB Até nos
ouvirem a tocar! *risos*
Teatro Miguel Franco 21/11/2014
Task Force & The First Movement Orchestra
NBL Que importância dão ao jornalismo e à comunicação social em geral no
papel de apoiar e transmitir esses projetos e iniciativas?
LA Já
aparecemos duas vezes no Jornal de Leiria, nomeadamente a quando de dois
concertos, e demos muita importância a isso como é evidente, mas achamos que o
destaque dado não é o suficiente para este tipo de eventos. Embora Leiria seja
uma das cidades que mais promove a cultura.
MC Eu não diria que não é suficiente. Sendo sincero, uma das minhas escolhas para o prosseguimento de estudos foi precisamente jornalismo. Acho uma área bastante interessante mas que, sobretudo ultimamente, não tem sido bem representada, cada vez mais é feito com pouca seriedade e histórias deprimentes.
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