
Portugal, o pobre país que é pobre.
Com séculos de história, o jovem
Condado de Portucalense, hoje o adulto Portugal, depara-se com mais uma das
suas crises cíclicas. Antes da pobreza económica e política há que esmiuçar a
tão indesejada podridão social e cultural deste país com anos de maturidade.
Antes de mais, há que aplaudir o cidadão natural deste país,
que de dois em dois anos, é português demonstrando todo o seu espírito
patriótico em momento cordeais do desenvolvimento do país, isto é, competições
internacionais em que a Seleção Nacional de futebol participa. Na realidade
quem precisa de um Leonardo da Vinci, ou de um
Nelson Mandela, quando se tem um Cristiano Ronaldo? Verdade seja dita, Portugal
tem uma sociedade modelo, basta uma simples viagem de metro ou autocarro para
compreender tal facto. Além da constante alergia ao que é nacional, existe um
clico de fomentação a uma cultura “chavascal”, desde a linguagem utilizada à
influência da televisão, havendo sempre uma profunda ligação ao primitivismo.
Darwin podia ter no cidadão que habita em Portugal um grande exemplar para o
seu darwinismo social.
Politicamente, este
país vive num regime democrático baseado no princípio de igualdade, que é
totalmente percetível através da rotatividade dos partidos políticos nos governos
das últimas décadas. Sendo assim, há que elogiar as opções de alternativa e a
escolha dos cidadãos de Portugal.
Quase tão
cómica como a situação política do país, a economia nacional é algo difícil de descrever, talvez
pela sua estrutura destruturada. Sem indústria e com um sector
primário há vários anos em coma, Portugal mantem a sua “produtividade” baseada
nos serviços… e no crédito… e nos fundos comunitários.
Apesar de
esmiuçado, é fácil entender o porquê da dupla pobreza deste enorme país que tem
poucas pérolas para muitos porcos. Talvez choque a muitas pessoas a utilização
da palavra “porcos” para descrever parte da população que habita em Portugal,
porém, da mesma forma que as crises nacionais são cíclicas, o uso deste tipo de
palavras para qualificar parte da sociedade é constante em autores como Gil
Vicente ou Eça de Queiroz, que também o fizeram antes.
Pode ser uma
generalização, pode ser uma sátira, porém os factos estão aos olhos de qualquer
um, “só não vê quem não quer ver”.
Tiago Azevedo Basílio
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